Nunca é fácil, nunca vai ser. Perder amigos traz aquele sentimento que às vezes esquecemos em meio a festas, provas e conversas rápidas: a vida é efêmera. O que nós fazemos é salvar, cuidar e promover a saúde, fica difícil imaginar que também podemos ser alvo da brevidade da vida, o que não parece justo, mas infelizmente está fora dos nossos limites de compreensão ação, pois não há nada o que fazer. O que fica é o riso fácil, a amizade que nunca morre e o desejo que toda paz ilumine o caminho. Só o tempo daqui pra frente e o máximo que ele nos permite é pensar diante desse acontecimento. Falta justificativa e sobra impotência, no entanto se a vida é sobre cumprir missões e aprender aqui para ser melhor lá, esse querido amigo cumpriu maravilhosamente bem sua passagem. O sentimento que acompanha todos os alunos de Medicina da UNIVALI nesse momento sobre o “japonês” é o de adeus, ou para alguns como eu, até breve.
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais
Quando eu lhe dizia
Me apaixono todo dia
É sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse
Eu gosto de você também
Só que você foi embora...
Cedo demais!
Eu continuo aqui
Meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você
Em dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sinto não sei dizer...
Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez...
É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais!
E cedo demais...
Eu aprendi a ter
Tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz...
Do resto não sei dizer
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que neste mundo
O verão acabou.
Cedo demais!
Os Bons Morrem Jovens - Legião Urbana
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