sábado, 11 de dezembro de 2010




Nunca é fácil, nunca vai ser. Perder amigos traz aquele sentimento que às vezes esquecemos em meio a festas, provas e conversas rápidas: a vida é efêmera. O que nós fazemos é salvar, cuidar e promover a saúde, fica difícil imaginar que também podemos ser alvo da brevidade da vida, o que não parece justo, mas infelizmente está fora dos nossos limites de compreensão ação, pois não há nada o que fazer. O que fica é o riso fácil, a amizade que nunca morre e o desejo que toda paz ilumine o caminho. Só o tempo daqui pra frente e o máximo que ele nos permite é pensar diante desse acontecimento. Falta justificativa e sobra impotência, no entanto se a vida é sobre cumprir missões e aprender aqui para ser melhor lá, esse querido amigo cumpriu maravilhosamente bem sua passagem. O sentimento que acompanha todos os alunos de Medicina da UNIVALI nesse momento sobre o “japonês” é o de adeus, ou para alguns como eu, até breve.


É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais

Quando eu lhe dizia
Me apaixono todo dia
É sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse
Eu gosto de você também
Só que você foi embora...
Cedo demais!

Eu continuo aqui
Meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você
Em dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sinto não sei dizer...

Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez...

É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais!
E cedo demais...

Eu aprendi a ter
Tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz...
Do resto não sei dizer

Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que neste mundo
O verão acabou.

Cedo demais!

Os Bons Morrem Jovens - Legião Urbana

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