segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Imagem da Semana - Fenômeno de Raynaud

Foi nomeado em 1962, pelo médico francês Maurice Raynaud, como uma condição que afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo humano, principalmente pés e mãos, podendo acometer, também, nariz e lóbulos das orelhas.
Ocorre então isquemia paroxística bilateral dos dedos, induzidaspelo frio ou estímulo emocional e aliviada pelo calor. Observam-se dedos pálidos com posterior diminuição de sensibilidade, dormência e eventuais quadros dolorosos.
A palidez inicial indica que a vasoconstricção envolve os pequenos vasos cutâneos. Posteriormente, os capilares e as vênulas dos dedos ficam dilatados, e o fluxo sangüíneo mais lento permite que a hemoglobina libere mais seu oxigênio, produzindo dedos cianóticos e frios. Quando a vasoconstricção é aliviada, o fluxo sangüíneo aumenta (hiperemia ativa), dando uma coloração avermelhada aos dedos anteriormente isquêmicos.
Esses eventos são episódicos com coloração variada de pessoa para pessoa.

Etiologia
O fenômeno de Raynaud pode ser secundário a uma doença básica ou anormalidade anatômica, porém a causa mais comum é a doença de descrita por Raynaud em 1862.
Via de regra o fenômeno de Raynaud por causas secundárias ocorre por estimulação dos nervos simpáticos, alterações vasomotoras de pequenos vasos ou aumento da hemossedimentação ou aglutinação eritrocitária.
Tratamento
Consiste em evitar a exposição ao frio nos casos de raros episódios até a simpatectomia química ou cirúrgica.
Cogita-se a participação de substância vasoconstrictoras produzidas pelo endotélio e/ou plaquetas nesta patologia.
É importante também distinguir a doença de Raynaud do fenômeno de Raynaud. A doença é diagnosticada quando os esses eventos ocorrem sozinhos, sendo uma doença tida como hereditária e sendo também mais comum em mulheres jovens.
Já o fenômeno de Raynauld ocorre como subseqüente a outras patologias, podendo variar desde anormalidades anatômicas até quadros de doenças arteriais, como aterosclerose, artrite reumatóide, esclerodermia e lúpus eritematoso sistêmico. Nesta forma, o Raynaud secundário apresenta maior propensão à progressão para necrose e gangrena do que o anterior.

A diferenciação das duas formas de Raynaud faz-se pela observação e procura por sinais de artrites ou vasculites, por exemplo, concomitantes a análise de testes laboratoriais.

Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Raynaud
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?489
http://www.marloscoelho.com.br/conteudo.php?acao=raynaud&area=fenomeno_raynaud&idioma=1
http://www.scielo.br/pdf/rbr/v49n1/06.pdf
http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/09/22/fenomeno-de-raynaud/

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