terça-feira, 10 de agosto de 2010

   É interessante como alguns minutos num dia marcam nossas vidas.
Hoje seria a primeira anamnese em Semio e eu não estava psicológicamente preparada para chegar num paciente e metralhá-lo com perguntas extremamente pessoais - Graças a Deus, foi em dupla e eu tive a super ajuda da Pâm.
=D


   Detalhes quanto a doença não são pertinentes; HDA, HMP são meros termos técnicos que insultam o real motivo deste post: a história de vida e tudo de indescritível que nosso primeiro 'paciente' nos passou.
Imaginem o paciente perfeito - ele iniciou a conversa, ele quis nos deixar à vontade, ele transmitiu muito mais que informações médicas.
  "Tragam as cadeiras aqui perto, sentem, fiquem à vontade"


   Seu Miguel: um senhor adorável, simpático, simples, 'falante'... Daqueles que dá gosto de ficar escutando as histórias - que, por sinal, não lhe faltavam!
Oriundo do Maranhão, viajou pelo mundo trabalhando em navios, Inglaterra, França, Polônia... E veio parar em Itajaí, dando-nos a honra de conhecer um pouco da sua vida.

   Esperto, consciente, contextualizado... fiquei pasma! Tem orkut, msn... Um senhor de 77 anos de idade e  uns mil de conhecimento. Orgulhoso de ser quem ele é, humilde... Fiquei realmente feliz em poder conviver alguns minutos com ele.


  Imagine então quando chego em casa e vejo um e-mail dele! Nossa, não poderia ter começado melhor.
Com certeza, quando pensar no futuro como tudo começou, lembrarei do adorável senhor que tive a honra de fazer minha primeira anamnese.
Sabe aquela injeção de ânimo?
Tomei umas 3 âmpolas hoje!
=]


  Encantada - é a única descrição que me vem nesse momento.


(E de repente, brotou em mim um enorme e sincero amor pelo ser humano)


 

3 comentários:

  1. Meninaaaas! Tá lindo o blog de vocês. Parabéns!! ;D
    Me arrepiei com o texto da Talita do começo ao fim.

    Beeijos!
    Bea

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  2. Amiga, que presentão de aniversário!!!!

    Beijossssssssssssss

    Ameiiii nosso primeiro paciente!

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  3. E repentinamente botrou me um desejo sincero, mais pragmático que busca por uma coisa mais pragmática, mais humana, menos idealizada, quem sabe, quem sabe?

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